sábado, 15 de outubro de 2011

Opinião


              Segundo  o dicionário Aurélio da Língua Portuguesa a palavra ócio é traduzida  em vários sentidos tais como:
  1. Descanso do trabalho,folga, repouso.2. Tempo que se passa desocupado:vagar, quietação, lazer, ociosidade.3. Falta de trabalho;desocupação, inação, ociosidade, preguiça, indolência, moleza. 4. Trabalho mental ou ocupação suave, agradável. Com tantas definições podemos perceber que a palavra ócio pode ser empregada tanto no sentido da inatividade e da preguiça como também no sentido do descanso ou da ocupação mental  agradável, pensando nessa última hipótese é que criamos o blog do ócio.
           Somos uma sociedade de pessoas com notória infelicidade:solidão, ansiedade, depressão, destruição, dependência; pessoas que ficam felizes quando matam o tempo que foi tão difícil conquistar. Esse tempo poderá ser preenchido por um ócio criativo, ou seja, por  uma ocupação mental agradável. Essa ocupação varia de acordo com   a necessidade de cada  indívíduo e do seu gosto pessoal. A leitura,a pintura, as  artes  em geral,são  exemplos agradáveis que poderão ser usados para preencher o tempo ocioso. O erro está  exatamente no emprego do ócio em atividade não produtiva.
                   Um dos hábitos da ociosidade é deixar as coisas como elas estão, e, aparentemente, todos aqueles que se integram em um período ocioso costumam aderir a certos hábitos predatórios , onde a proeza individual vai-se deteriorando no seu dia-a-dia. recolhendo-se a uma vida ociosa, sem forças para dar uma virada e quem sabe aproveitar melhor o seu  tempo de ociosidade.
                  A ociosidade, assim como o cativeiro e o isolamento afetivo, é a principal causa das perturbações dentro das creches, prisões, hospitais e centros de menores, que agem sob o nome de neuroses institucionais e que podem ser corrigidas através de atividades de lazer dirigido, onde ensinem as pessoas a usarem convenientemente o tempo livre.
                  Os traços do nosso sistema educacional atual diferem em muito daqueles de vinte anos atrás e não tenho dúvida de que caminhamos , cada vez mais, para uma escola livre, onde o afrouxamento do setor educativo contribui para indivíduos menos produtivos e mais ociosos.
                 A ociosidade tem levado os jovens de hoje, a consumirem quase que "livremente", bebidas, drogas, armas , ídolos e outras divindades, pensando estar num conforto e bem-estar social. Não sabendo eles,  que esse processo é o início do fim e que, dificilmente tem volta.
                É lógico que não podemos somente "atacar" a precária vida escolar, como também, e, principalmente, a família que  é a maior responsável pelo encaminhamento da criança para uma vida de bons  hábitos, de dignidade e felicidade, sem desperdício de tempo. 

Maryna


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